Quero lhes falar de uma reunião mediúnica, fazendo uma comparação, para que os amigos entendam a importância  e a forma como ela deve ser realizada.

Estar em uma reunião mediúnica é como estar em um hospital e dentro de uma sala cirúrgica, onde está tudo que é necessário para curar. Encontramos ali todo o tipo de equipamentos e instrumentos que são utilizados pelos médicos e enfermeiros, mas o mais importante que ali está é “o paciente”!

Esse, sim, é o grande foco!…  Aquele que necessita que todo esse conjunto esteja bem afinado e funcione bem, para que ele se beneficie e seja atendido da forma como necessita.

Pois bem, dentro dessa sala é necessário que o ambiente esteja preparado, digamos, esterelizado. Assim como os instrumentos que os médicos irão utilizar, também deverão estar esterelizados, bem ajustados e afiados.

Os médicos então, após um longo preparo, deverão conhecer bem esses instrumentos e estar familiarizados com o manejo deles.

Os enfermeiros devem estar em  boa sintonia com os médicos, para que possam lhes ser úteis e auxiliar de forma correta.  Para isso,  devem  estar preparados e conhecer bem os instrumentos que serão utilizados e a forma de trabalho que os médicos têm.

Vejam que complexidade é um ato cirúrgico a ser realizado. Como envolve preparação, ambientação, afinidade e conhecimentos entre os membros da equipe. Tudo deve funcionar harmonicamente para o resultado final ser satisfatório.

Vamos agora fazer a nossa comparação.

Imaginemos que o nosso Centro Espírita é uma “sala de cirurgia” e, que deverá ser usada no dia da Reunião Mediúnica.

Comentamos que uma sala de cirurgia deve estar esterelizada; o nosso Centro também é preparado nesse sentido, criando todo um sistema de proteção, defesa e ambientação adequada para o que irá acontecer em seu interior. Tal como no hospital existe uma equipe especializada em deixar tudo esterelizado, na Casa Espírita existe essa equipe também.  Muito antes de tudo começar, essa equipe varre todas as formas de pensamentos negativos, limpa qualquer comentário menos feliz que esteja no ambiente e derrama muita paz e harmonia no local.

Em seguida citamos os médicos, que para poderem realizar a cirurgia, muito se prepararam; buscaram conhecimentos e práticas que os deixassem aptos a realizar tal serviço. Aqui temos os nossos médicos também, que em verdade é todo Espírito Trabalhador,  devotado ao bem e ao serviço de socorro e ajuda ao próximo. Esse servidor traz, dentro de si, os valores evangélicos necessários, que se transformam nas palavras e atitudes corretas, para o socorro necessário. Tal como uma equipe médica, aqui também esses irmãos atuam com suas especializações, atuando no momento certo e em plena sintonia com os outros irmãos, formando assim um todo.

Em seguida vêm os enfermeiros, que são dedicados parceiros dos médicos, que também se prepararam muito para essa tarefa, buscando conhecimentos e práticas que os habilitassem a entender o que os médicos precisam deles, que atitude devem tomar, que procedimento devem fazer para facilitar o trabalho do médico. Aqui em nosso Centro existem esses enfermeiros: são os Dialogadores! Esses irmãos devotados que também cultivam os valores evangélicos em si, e atuam diretamente com os pacientes, em sintonia com os Espíritos Trabalhadores. Por isso é muito importante que esses irmãos conheçam bem os mecanismos, para poderem ser úteis aos “médicos”. Para tanto, é necessário esforço pessoal no estudo e na transformação interior. Afinal são membros de uma equipe de socorro e têm, também, responsabilidade nos atos que praticam.

E agora, formando o conjunto, entram os equipamentos e instrumentos da sala de cirurgia. Esses, sim, devem estar em mais perfeito grau de conservação e preparação. Seu funcionamento deve estar bem ajustado e em perfeita adaptação ao paciente, pois são eles que vão dar as informações à equipe médica, sobre a situação do paciente. Por mais competentes que sejam os médicos e os enfermeiros, se todos os equipamentos e instrumentos dessa sala cirúrgica não estiverem funcionando corretamente, não teremos uma cirurgia eficiente. Tais equipamentos e instrumentos são os Médiuns! Vejamos que responsabilidade esses irmãos carregam… Serão eles a transmitir o que o doente tem, fazendo a leitura de seus sentimentos, sensações e dores,  dando aos enfermeiros, o panorama de como agir inicialmente. Os médiuns são  os instrumentos, porque é através deles que os médicos atuam, levando ao necessitado aquilo que ele precisa.  Então, o que ocorrerá em uma sala de cirurgia, se um instrumento não estiver bem afiado ou estiver torto?  Que grande dificuldade terá essa equipe para fazer a intervenção?  Em certos casos pode ser que até não consiga… Diante disso, chamamos à reflexão os irmãos médiuns, procurando fazê-los entender o grau de responsabilidade que carregam, mas também, a potencialidade que têm nas mãos.  Afinal, é através deles que curas e alívio de sofrimentos ocorrem. A muitos poderão ajudar!… Para tanto, faz-se necessária a preparação. Primeiro, buscando o conhecimento de si mesmo, mergulhando em seu íntimo para descobrir o que realmente pensa e sente;  isso lhe dará o equilíbrio necessário para saber separar aquilo que lhe pertence e aquilo que colhe de sensações do espírito comunicante. Segundo, buscando o estudo para aclarar o mecanismo, implicações e metodologia da mediunidade e sua prática.

Também é muito necessária a transformação moral, buscando através de todo auto-conhecimento, remover de si as tendências inferiores e substituí-las por valores nobres e evangélicos; perseverar no bem constantemente, buscando sempre se melhorar e se doar.

Com a união de todos esses fatores se faz uma Reunião Mediúnica eficaz, proveitosa e acima de tudo, benéfica ao doente espiritual, que é trazido ali para ser curado e não para  ser mais prejudicado.

Todos esses elementos citados compõem nossa Casa e, para que funcionem harmonicamente, é necessário que todos identifiquem suas posições e assumam as responsabilidades que as envolvam.

Esperando ter contribuido com a Casa, me despeço deixando um abraço fraterno a todos.

Espírito Paulo

O Jornalista